A Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE) recebeu, com surpresa, a veiculação de informações inverídicas sobre a priorização de projetos no Edital do ParticipaPE 2024 – Emendas Participativas, enviadas aos servidores na tarde de ontem, especialmente considerando o diálogo contínuo que vinha mantendo com o autor da proposta de segurança pública voltada ao enfrentamento da violência, incluindo o feminicídio.
A Reitoria sempre demonstrou conhecimento sobre a relevância e a importância do referido projeto, reconhecendo seu valor e apoiando a iniciativa. No entanto, a proposta de segurança pública, ao contrário de outros projetos, não foi submetida à avaliação prévia da Reitoria antes de ser enviada para a consulta de emenda participativa.
Todo projeto que envolva a UFAPE deve passar por uma análise e anuência da gestão, o que não ocorreu neste caso. Em contraste, a proposta de Rádio e TV foi devidamente enviada à reitoria para apreciação e, após diálogo interno, chegou-se à conclusão estratégica de que, dadas as limitações de votação e o universo restrito de votantes, seria mais eficaz encaminhar apenas uma proposta para a campanha de emendas participativas.
Conforme previsto no Edital supramencionado, item 4, inciso 8, não há limite de projetos que podem ser inscritos para a votação da emenda participativa. No entanto, é garantida a escolha de apenas um projeto por instituição na categoria de votação popular.
Em 2024, a UFAPE formou uma equipe de engenharia e arquitetura, o que possibilitou a elaboração de seus próprios projetos. A universidade está atualmente desenvolvendo projetos e orçamentos para novas instalações, como os Blocos de Salas de Aula D, o Bloco da Pós-Graduação e a revisão do Restaurante Universitário, todos com dotação orçamentária prevista.
A verba destinada ao projeto de segurança pública seria suficiente apenas para a elaboração do projeto e orçamento, sendo necessário buscar recursos adicionais para sua implantação. Além disso, considerando as etapas de desenvolvimento, como a elaboração de projeto técnico, captação de recursos para execução da obra, execução da obra e aquisição de equipamentos, o projeto levaria, no mínimo, dois anos para ser efetivamente implantado. Por outro lado, o projeto de Rádio e TV já está avançado, com a aquisição de equipamentos como uma das últimas etapas restantes para a sua implantação.
Após a conclusão dos projetos com previsão orçamentária, como os Blocos de Aulas, a UFAPE estará em condições de executar também o projeto de segurança pública, tornando desnecessária sua submissão à votação da emenda participativa neste momento. A diferença entre os estágios das propostas reflete as particularidades de cada uma e a viabilidade prática de sua implementação, sempre com o objetivo de causar um impacto positivo em benefício da comunidade.
A UFAPE reitera seu compromisso com o desenvolvimento de projetos de segurança pública e esclarece que a priorização de um projeto em detrimento de outro não significa falta de apoio ou reconhecimento à importância de cada iniciativa. A universidade segue empenhada em apoiar ações que beneficiem a comunidade, reafirmando seu compromisso com a verdade e com a promoção de causas sociais, sem permitir que desinformação ou interesses meramente políticos desviem o foco do trabalho sério e institucional da UFAPE.
Vale mencionar, ainda, que o servidor responsável pela veiculação da informação inverídica mencionada utilizou o e-mail institucional para fazê-lo, enviando-a para os demais servidores, também, em seus e-mails institucionais. Tal conduta é inadequada, segundo as diretrizes do Guia de Comunicação Institucional da UFAPE, que orienta o uso responsável dos canais institucionais, visando sempre à transparência e à veracidade das informações. Além disso, a ação foi realizada no fim de semana, período de descanso dos servidores, o que intensifica o impacto negativo da atitude sobre o ambiente institucional.
Por fim, cumpre destacar que UFAPE é uma instituição de excelência, com nota máxima (5) na avaliação do MEC, justamente porque mantém uma cultura de diálogo, de respeito e de democracia, promovendo uma gestão que dialoga com a comunidade para os acertos estratégicos institucionais e administrativos. Essa prática de transparência e colaboração é fundamental para o contínuo avanço da universidade e para a construção de um ambiente de respeito e compromisso com o bem comum.