O governo federal anunciou, no início desta semana, créditos orçamentários para as universidades federais, segundo foi repassado pela Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) e pela Associação Nacional dos Dirigentes das Intuições Federais de Ensino Superior (Andifes).
No início do ano, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado ao Congresso Nacional havia sofrido um corte equivalente a 4%, pela própria casa legislativa. Pouco depois, através de suplementação orçamentária, o governo federal recompôs esse percentual.
Agora em dezembro, houve uma segunda suplementação de mais 12,8% do total da LOA 2025.
De acordo com o Reitor da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE), prof. Airon Melo, as universidades federais estão vivendo momentos antagônicos aos que vinham acontecendo em relação aos cenários orçamentários passados.
“Sempre foi recorrente, aos finais de ano, chegarem para os Reitores rumores negativos sobre o orçamento das IFES e seu contingenciamento, ocasião em que havia reação imediata das comunidades universitárias. Quando esse ataque se concretizava, acontecia de os dirigentes universitários convidarem a imprensa para comunicar que, com a realidade orçamentária imposta, não haveria como ‘fechar as contas’ do ano”, comentou o Reitor.
Esclarecendo que, neste final de ano a realidade é outra, o professor Airon destaca que a recente suplementação orçamentária traz certo alívio financeiro. “Com essa suplementação, que, no caso, vai beneficiar a UFAPE com mais 12,8% em relação à LOA 2025, iremos sanar todos os compromissos que foram planejados para o ano. Ou seja, terminaremos com as contas em dia. E isso nos traz alento”, comemora.
Segundo o Reitor, o momento é de gratidão. “Temos que reconhecer e manifestar gratidão ao governo federal por essa suplementação. Da mesma forma que quando houve cortes no orçamento fomos à imprensa anunciar a redução, também vimos anunciar nosso contentamento por esse gesto do presidente Lula, do ministro Camilo Santana e da equipe do MEC, visto esse incremento financeiro para as universidades”, conclui Melo.