No segundo dia da Formação Continuada de Professores, a professora Paula Rejane Lisboa da Rocha iniciou falando de currículo e memórias, comparando tempos atrás e a atualidade, quanto às alterações dentro das escolas. Segundo a professora, currículo envolve decisões, política e cultura. É um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes consideradas importantes para o desenvolvimento de um grupo, num determinado tempo e espaço. Assim, o currículo não é neutro, é influenciável e, portanto, território de contestações. A professora também versou sobre as teorias do currículo (tradicionais, críticas e pós-críticas), as diretrizes nacionais para a educação superior e discutiu sobre o currículo orientado para o desenvolvimento de competências (aprender a fazer, aprender a aprender etc) e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs, as quais determinam a autonomia da geração de currículos, duração mínima dos cursos, avaliação externa dos cursos - ENADE).
De acordo a palestrante, o projeto pedagógico de cada curso necessita de um Núcleo Docente Estruturante para discutir objetivos da concepção, das condições, do perfil do egresso e organização, dinâmica e matriz curriculares, estrutura física, infraestrutura, internacionalização, com acompanhamento, avaliação e revisão do projeto pedagógico. A curricularização da extensão, que será tema debate na programação de amanhã, deverá fazer parte do currículo.
Por fim, a professora relatou que a organização do currículo é um trabalho coletivo, está envolvido no processo de ensino/aprendizagem e tem impactos na autonomia docente, no perfil de formação do egresso e na qualidade e ranking das IES.