Inaugurada em 2005 como primeira expansão universitária no Brasil na proposta do Governo Federal de universalizar o acesso ao ensino superior, a Unidade Acadêmica de Garanhuns da UFRPE, hoje Universidade Federal do Agreste de Pernambuco - UFAPE, vem contribuindo ao longo do tempo para a formação de mão-de-obra especializada e o desenvolvimento do território do Agreste pernambucano.
Atualmente, a UFAPE possui mais de 2.000 alunos de sete cursos de graduação (Agronomia, Engenharia de Alimentos, Medicina Veterinária, Letras, Pedagogia, Ciência da Computação e Zootecnia) e cinco de mestrado (Ciências Ambientais, Produção Agrícola, ProfLetras, Ciência Animal e Pastagens). A CAPES aprovou e no próximo ano começará o primeiro doutorado do Agreste Meridional voltado para a área de produção agrícola.
O Reitor da UFAPE, prof. Airon Melo, que está na instituição desde a sua fundação, destaca a importância da UFAPE para o desenvolvimento regional e a formação de mão-de-obra de altíssimo nível. “Nesse período, já graduamos mais de 2.500 alunos e titulamos cerca de 400 mestres nas cinco pós-graduações que temos”, revelou.
Outro aspecto importante é em relação às compras realizadas durante o ano na região que inclui contratação de serviços de manutenção, obras de construção civil, serviço de som, locação de espaços para eventos e material de consumo, a exemplo de papelaria, material de limpeza, laboratorial, combustíveis, peças de reposição, assim como materiais permanentes, como máquinas, equipamentos e veículos que giram em torno de 6 a 7 milhões/ano.
Já em relação às bolsas de graduação relacionada a atividades de ensino, pesquisa e extensão, a UFAPE aporta cerca de 1,8 milhão. Por sua vez, em bolsas de assistência e auxílios aporta aproximadamente 1,9 milhão, que são destinados aos discentes mais carentes.
No tocante à pesquisa e extensão, a universidade vem contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento da região com a realização de cerca de 2.000 ações ao longo desse tempo, entre cursos, oficinas, dias de campo, projetos e programas. Com abrangência em diversas áreas como vitivinicultura, Feira Agroecológica, Hospital Veterinário, Produção Agrícola e Pecuária, entre outras.
Uma das marcas da UFAPE é o seu caráter diverso e abrangência territorial. O perfil dos discentes mostra que quase 94% são do Nordeste, porém há estudantes oriundos de todas as regiões do país: Norte (Pará e Tocantins), centro-oeste (DF), Sudeste (SP/RJ) Sul (RS), sendo SP o principal estado em quantitativo de estudantes não nordestinos.
Também foi identificado que a instituição possui alunos oriundos de 78 cidades pernambucanas, distribuídas por todas as mesorregiões do estado: Sertão (21), São Francisco (2), Agreste (852), Mata (26) e Metropolitana do Recife (15). Destaca-se a região do Agreste com 93% e nela a cidade de Garanhuns, onde residem 46,6% dos(as) estudantes pesquisados(as).
A maioria é do sexo feminino (60,1%), como também quem se declara pardos(as) e pretos(as), que, somados, representam 60,8% dos(as) estudantes. Em relação à etnia 3,1% são quilombolas, pertencentes a 13 comunidades quilombolas (PE e AL), sendo 03 de Garanhuns (Castainho, Caluete e Tigre). E 1,3 % Indígenas pertencentes a cinco povos/etnias indígenas (Águas Belas/PE - Povo Fulni-ô / Buíque/PE - Povo Kapinawá / Pesqueira/PE Povo Xucuru / Serra do Arapuá - Carnaubeira da Penha/PE - Povo Pankará / Tacaratu/ PE - Povo Pankararu).
Por fim, 94,8% dos ingressantes possuem renda familiar de até 1,5 salário mínimo, 84,5% egressos da rede pública e 50,4% ingressaram na UFAPE pelas cotas.
O projeto de emancipação da UFAPE, aprovado em 2018, tem como meta a criação de mais 23 cursos de graduação. Com isso ampliará a capacidade para atender, em média, 8.000 alunos no campus sede em Garanhuns e em duas unidades a serem construídas na região, ampliando o número de funcionários para aproximadamente 1.700.
