Evento promovido pela UFAPE traz mulheres negras e ativistas para uma discussão sobre o silenciamento dos "grupos sócio-acêntricos" em nossa sociedade.

Enviado por JoaoHenrique em Qua, 29/03/2023 - 21:03

Evento promovido pela UFAPE traz mulheres negras e ativistas para uma discussão sobre o silenciamento dos "grupos sócio-acêntricos" em nossa sociedade.

No último dia 15, as Pró-reitorias de Extensão e Cultura (PREC) e de Assistência Estudantil (PRAE), em conjunto com a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos da Prefeitura Municipal de Garanhuns, promoveram a mesa redonda “Diversidade e a neocidadania dos grupos sócio-acêntricos: lutas e opressões às mulheres negras”. Essa atividade no mês de março faz parte de um conjunto de ações desenvolvidas pela PREC em alusão ao mês da Mulher, somadas às causas na Luta Contra a Discriminação Racial.
A mesa redonda contou com a participação das palestrantes Sylvia Siqueira, Ana Helena Passos e Katharyne Silva, todas ativamente engajadas com a causa tema do debate, bem como nas diversas frentes sociais e políticas contemporâneas. Foram três horas de intenso diálogo, repleto de reflexões e provocadas pela professora da UFAPE, Alzenir Silva, mediadora do momento. 
Sobre o tema da mesa, a professora Alzenir destacou que "a luta das/dos que não estão no cento de poder político e econômico, os chamados 'grupos sócio-acêntricos', especialmente as mulheres pretas, exploradas, silenciadas, eliminadas, precisa se tornar pública e ganhar adesão de todos os segmentos sociais que desejam e se engajam na luta por um mundo menos desigual. É urgente assumir a bandeira do feminismo como forma de construção de uma outra sociedade".
No evento, estiveram presentes pessoas externas à comunidade acadêmica, estudantes e servidores/as da UFAPE, UPE e da ETE Ariano Suassuna que puderam apreciar e trocar experiências com o coletivo e com as palestrantes. Dentro da temática, foram abordados pontos como o legado escravocrata e a branquitude como expressão de poder, racismo, discriminação e violência, desigualdades social, racial e de gênero nos campos do trabalho e na educação, empoderamento político, entre outros. 
Ainda, para a professora Alzenir “a UFAPE, como um centro de produção e difusão de conhecimentos, precisa divulgar e se envolver nessa luta de modo consciente e ativo. Promover o acesso ao conhecimento e a discussão sobre a temática é uma forma de aproximar ensino, pesquisa e extensão, arcabouços do seu fazer acadêmico-prático", finalizou. 
O evento foi aberto para toda a sociedade e ocorreu das 9h às 12h no Auditório do LACTAL da UFAPE.